Pets também sofrem com baixa umidade do ar

Exclusivo da Redação

Especialistas afirmam que, quanto às questões de saúde, a baixa umidade do ar também afeta os animais, assim como a saúde dos humanos.

De acordo com a médica veterinária Gisele Sprea, mestre em ciências veterinárias pela UFPR e sócia-proprietária da Ethos Vet, algumas doenças têm mais impacto e relevância nessas condições climáticas, dentre as quais as respiratórias e cutâneas.

De acordo com a especialista, todos os quadros brônquicos, também, de doenças respiratórias de trato superior, traqueia e seios nasais, por exemplo, sofrem maior influência em função de um clima seco que impeça o funcionamento dentro das melhores condições desse estado fisiológico. “São doenças como a própria asma que acontece tanto no cão, quanto no gato. E, o gato, dentre as espécies comumente acometidas por bronquites asmáticas, tende a realmente ter uma piora com tosses, espirros ou uma condição mais suscetível a adoecer”, esclarece.

Gisele ressalta ainda que as doenças infecciosas da parte respiratória ficam mais possíveis e frequentes de acometerem os animais, inclusive os não crônicos ou vulneráveis, até mesmo a própria tosse dos canis, chamada gripe canina, em função do clima seco e frio que estamos passando agora no inverno pouco chuvoso. “A baixa umidade do ar tende a possibilitar que vilosidades da mucosa traqueal tenham menor funcionamento ou um funcionamento disfuncional, ou seja, que passem a funcionar de uma forma que não seria mais adequada, permitindo que esses alérgenos ataquem e estimulem condições inflamatórias e, também, abram portas para os agentes infecciosos, inclusive a Cinomose, que se propicia mais frequentemente os animais em climas como esse que estamos passando, que tem uma tendência a uma condição mais seca”, alerta.

Doenças de Pele

O clima frio e seco também exige que as famílias responsáveis pelos pets redobrem os cuidados e a prevenção contra as doenças alérgicas, que, segundo a veterinária, também apresentam piora nessa época do ano.

As doenças cutâneas deixam os pacientes que já têm uma situação genética suscetível mais frágeis e sensíveis
à exposição dos agentes alérgenos no ambiente, desencadeando o processo alérgico, explica. “A pele seca fica mais vulnerável e as barreiras imunológicas que ela geralmente tem pra impedir que os agentes ambientais acometam e prejudiquem essa condição física, se tornam mais frágeis, permitindo a penetração desses agentes na pele, causando  uma reação em cadeia imunológica que propicia a alergia nesses animais”.

Sprea destaca, ainda, que os animais chamados de atópicos, são cães que têm este diagnóstico de forma crônica, que convivem com a alergia decorrente de exposição de fatores ambientais, mas, que em algumas épocas do ano, em função dessa sazonalidade, principalmente do ar seco, pode piorar, pois a pele seca fica doente com muito mais facilidade.

Por isso, a recomendação é que em primeiro lugar a família busque um diagnóstico com um veterinário de sua confiança para ter conhecimento sobre a doença e, a partir de então, saber como prevenir essa piora clínica e como tratar de forma preventiva e não somente em momentos de crise. “Esses animais têm que sofrer uma hidratação cutânea constante, e com medicamentos e produtos bastante específicos para que essa pele seja muito mais saudável, pois a pele seca fica sempre vai estar mais fragilizada”, reforça e finaliza. 

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