Plantas e pets: cuidados para uma convivência segura entre os animais e a natureza

Muitos tutores ainda não sabem, mas a convivência entre pets e plantas requer muita cautela. Considerando que pelo menos 70% da população brasileira tem um pet em casa, segundo o censo de 2021 do Instituto Pet Brasil, é preciso estar atento sobre o tipo de contato e relação que os bichinhos têm com as plantas, não só em casa, mas também em espaços abertos, parques e praças. Apesar de algumas serem inofensivas, outras podem ser tóxicas e prejudiciais à saúde dos pets.

De acordo com Thiago Teixeira, diretor geral do Nouvet, centro veterinário de nível hospitalar em São Paulo, existem certos tipos de plantas que podem causar intoxicação, alergias e demais problemas somente pelo contato. “São as espécies tóxicas que devem ser evitadas. Os pets não conseguem identificar essa ameaça, então, se tiverem fácil acesso, podem cheirar, mastigar e brincar com elas, em casa ou na rua, e acabar adoecendo. É importante que os pais e mães de pet busquem saber de quais plantas fugir e como identificá-las”, explica.

Algumas das plantas tóxicas para os pets são: costela de Adão, espada de São Jorge, comigo-ninguém-pode, azaleia e hortênsia. Entre as reações causadas por elas, estão irritações, coceiras, vômitos, desmaios, dormência na língua e falta de ar. Uma das reações também é a insuficiência renal em gatos causada por lírios.
 

O especialista orienta que, caso não seja possível remover a planta de casa, é fundamental movê-la de lugar para que os pets não tenham contato. Ao passear pelo parque, jardins e outros, é preciso observar se os bichanos não estão mastigando ou tocando essas plantas. Caso se observe que os pets consumiram algo diferente ou que há folhas espalhadas pela casa, é importante identificar o quanto antes se são de espécies venenosas e ir ao veterinário mais próximo.
 

O hábito de mastigar plantas e folhas pode, inclusive, ser indicador de questões intestinais, principalmente em gatos. Por isso, é importante ficar atento ao comportamento dos pets e investigar caso a caso. “Cães e gatos são muito curiosos e não entendem o risco que as plantinhas podem oferecer. Uma alternativa para afastar esse contato com as plantas maléficas é comprar plantas falsas de brinquedo próprias para a diversão deles”, opina Teixeira.

Em contrapartida, o executivo explica que não há porque se assustar, pois não são todas as plantas que prejudicam os bichinhos. Bromélias, bambu, lavanda, orquídeas, plantas aromáticas e suculentas são inofensivas e consideradas pet-friendly.

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