Conheça 4 dicas para adaptação de gato em novos ambientes

Uma das características mais marcantes dos felinos é o comportamento territorialista, que faz com que arranhem e se esfreguem nos móveis para definir como seus. Esse comportamento instintivo transforma a adaptação de gato em novos ambientes mais difíceis.

Sem o seu cheiro, é comum que o pet sofra na hora de mudar de casa ou até ao receber um novo membro da família, desestabilizando todo o habitat. Para facilitar esse processo, conversamos com médicos veterinários e separamos 4 dicas infalíveis para ajudar na adaptação de gatos em novos ambientes.

1. Cuidado com a adaptação de gato desde o transporte

Segundo Daniel Calvo, médico veterinário, os felinos costumam ser individualistas, observadores e detalhistas. Com isso, ficam sensíveis a mudanças de ambientes, sons, odores e objetos. Uma simples visita ao médico veterinário ou a locais pouco frequentados podem deixar o animal estressado. “Ele pode deixar de se alimentar, apresentar lambedura excessiva, ter falta de pelo em determinadas regiões do corpo, ficar agressivo e inquieto e até demonstrar dificuldade para urinar – problema conhecido como Síndrome de Pandora”, explica.

De acordo com Nilton Abreu Zanco, coordenador do curso de medicina veterinária da Universidade Metodista de São Paulo, o primeiro passo para uma adaptação de gato de sucesso é transportar o felino cuidadosamente em uma caixa de transporte. O item é muito importante para os gatos e deve já estar com o cheiro do animal. Por isso, antes da mudança, deixe a caixa de transporte em um local de fácil acesso do animal com brinquedos e até a almofada do pet. Assim ele se acostumará e o objeto passará a significar seu território.

Os cuidados se estendem após a chegada ao novo lar. “Se for possível, mantenha-o em um espaço reduzido, como um quarto, nos primeiros dias e, depois, aos poucos, permita que conheça todo o imóvel. Não se esqueça de proteger janelas e sacadas com grades ou telas de proteção”, afirma o veterinário.

Enquanto tudo é novo, a caixa de transporte terá o cheiro do pet e significará segurança.

2. Prepare o terreno

Infelizmente, não existem raças de felinos que se adaptam melhor à mudança de lar. Qualquer gato pode sofrer com a troca de ambiente, mas a personalidade é um fator determinante em relação ao estresse. Pets mais agressivos, por exemplo, tendem a ter mais dificuldades de adaptação. Calvo explica que não há um momento certo para fazer a mudança. “Uma dica para minimizar o estresse do animal é realizar a mudança primeiro e levá-lo por último. Outra solução é borrifar difusores de hormônios nos ambientes, que são identificados pelos felinos e tornam o processo menos doloroso”, conta.

adaptação de gatos em apartamentos ou casas deve ser feita, portanto, por último. Primeiro leve toda a mudança, organize o local e tele as janelas. Utilize produtos como Feliway para ajudar a relaxar o animal e, por fim, leve o pet na caixa de transporte para o novo lar. Esses são passos para a adaptação de gato dar certo e ser menos estressante para o pet e a família.

3. Casa nova, mesmos brinquedos e objetos

É preciso ficar atento ao comportamento do gato, especialmente nos primeiros sete dias, quando os sintomas de estresse costumam surgir. Normalmente, a adaptação do gato acontece naturalmente na nova casa, mas, caso seja necessário, consulte um especialista para um tratamento mais específico.

Para Calvo, um dos erros mais comuns é modificar a rotina ou os utensílios do gato. “Muitas vezes, isso pode provocar ainda mais desconforto e insegurança no animal. O ideal é manter a mesma caixa de areia, o mesmo alimento nos potes e levar brinquedos que ele já esteja acostumado”, conta.

Isso é especialmente importante para gatos adultos, que já demarcaram território. A adaptação de gato filhote costuma ser mais tranquila.

4. Tenha paciência na adaptação de gato e dê atenção

É imprescindível que a adaptação de gato seja tratada com carinho e atenção. Um tutor que mantém uma ligação próxima com seu pet perceberá com facilidade se ele está feliz ou triste, e conseguirá agir com rapidez.

“Nos meses seguintes após a mudança, o tutor deve ficar atento na alimentação e na higiene do gato. Esses dois itens mostrarão se ele já se adaptou ou se há algo de errado. Caso haja, será necessário prosseguir com o tratamento indicado pelo médico veterinário”, conclui Zanco.

O momento pode ser difícil para o animal, mas se você seguir as nossas dicas, a adaptação do gato acontecerá de forma mais leve e eficaz.

Você tem alguma dúvida sobre como adaptar seu gato ao novo ambiente? Conte para nós nos comentários!

Fonte: Cobasi

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