A relação entre brasileiros e cachorros sempre foi cercada de muito carinho. Mais comum que uma Espada de São Jorge na porta de entrada, é ver o animal perambulando pelos cômodos da casa.
Contudo, segundo o jornal Extra, manter o animal pode custar o valor de dois carros zero quilômetro. Atualmente, o país responde pelo terceiro maior mercado pet do mundo. São movimentados todos os anos R$ 25 bilhões. Estima-se que a população total esteja na casa dos 32 milhões de cães.
Veja, uma família de classe média dona de um cachorro de porte médio, pode gastar até R$ 66 mil durante a vida do pet. Na soma, o custo supera o valor de dois carros Renault Kwid, de R$ 32.490, cada.
Só com ração, todos os meses, são desembolsados R$ 135. Na ponta do lápis isso dá, em média, R$ 1.620 por ano. Experimente adicionar os possíveis problemas de saúde depois dos 10 anos de vida do animal e a situação piora.
“Ter um cachorro é como comprar um carro e pensar só na parcela do financiamento. Também tem IPVA, seguro… De 50 anos para cá, o tratamento dado ao cão mudou muito. As pessoas cuidam como filhos, e há diversos gastos extras para o bem-estar do animal”, disse ao jornal carioca o educador financeiro do canal de YouTube 1Bilhão, Fabrizio Gueratto.
A oferta de hospitais veterinários ainda é pequena, por isso, deve-se estar preparado para consultas particulares. A revista Exame fez as contas mostrando que 8,7% dos donos de cachorros investem em planos de saúde. Os números foram colhidos pela CVA Solutions.
O mercado de saúde dos pets cresceu 13% em 2017. A expansão se dá pelo aumento no número de animais e a sofisticação de tratamentos veterinários. O Conselho Federal de Medicina Veterinária diz que, em 2015, o Brasil era o país com o maior número de veterinários do mundo. Existem mais de 142 mil profissionais registrados e 280 cursos de Medicina Veterinárias regulamentados pelo MEC.