Muitas pessoas ainda acham que ao castrar seu animal, seja ele macho ou fêmea, estará causando malefícios ao bichinho de estimação. No entanto, é justamente o contrário que acontece. O animal castrado passa a ter uma qualidade de vida muito melhor, sobretudo quando passa da idade adulta.
O médico veterinário, Ítalo Cássio S. Oliveira, que atende na Petz, ressalta que nas fêmeas o procedimento diminui o risco de câncer de mama, em que 99% das cadelas castradas antes do primeiro cio não desenvolvem a doença. Já em gatas, a castração reduz as chances de câncer de mama entre 40% a 60%.
Nos machos, a castração reduz a frustração sexual e a necessidade de sair em busca de fêmeas ou, ainda, a marcação de território. Ao mesmo tempo, isso diminui o risco de fugas, atropelamentos e brigas com outros machos, acrescenta.
Outro benefício é que as fêmeas não ficam mais vulneráveis a infecções uterinas graves, como a Piometra, uma vez que o seu aparelho reprodutor é removido durante o procedimento, explica o dr. Ítalo. Já em machos, ele assegura que reduz-se em grande escala as afecções de próstata e evita-se o câncer de testículo, que pode ser fatal.
“As fêmeas não entram mais no cio, poupando os tutores de lidar com o sangramento e com possíveis cães de rua importunando no portão. Cães e gatos machos sentem menos necessidade de marcar o seu território com urina. Seu animal de estimação também pode ficar mais dócil, facilitando a interação e reduzindo situações problemáticas, especialmente entre os que tinham comportamento agressivo antes”, garante o veterinário da Petz.
Uma vez que seu animal está castrado é importante dar mais atenção à alimentação dele. O ideal, segundo o veterinário, é verificar a quantidade de comida que está oferecendo, pois, em geral, os animais castrados consomem menos calorias. “Aqui vale destacar que a castração em si não faz o animal engordar. O que acontece, em alguns casos, é a redução de atividade física, deixando o animal mais calmo, o que o leva a ganhar peso”, esclarece.
O grande “malefício” seria o de não atingir maturidade sexual antes do primeiro cio e não ter crescimento maduro de alguns órgãos, ficando com aparelho reprodutivo infantil/imaturo. “Poucas vezes pude notar fêmeas castradas antes dos 4 meses incontinentes e dependentes de estrógeno em idade adulta”, garante, o médico veterinário Ítalo Cássio S. Oliveira, da Petz.