Muitos tutores não sabem, mas a saúde intestinal tem um impacto direto na manutenção do bem-estar geral dos pets, e quando o equilíbrio da microbiota intestinal é interrompido, uma condição chamada disbiose pode se desenvolver.
Esse desequilíbrio nos micro-organismos do trato gastrointestinal, como bactérias e fungos, compromete funções importantes, como a digestão, a absorção de nutrientes e a regulação do sistema imunológico. Isso é especialmente preocupante para animais que sofrem de doenças crônicas, como diabetes, insuficiência renal, doenças hepáticas ou condições que afetam o sistema imunológico, pois esses pets já enfrentam desafios significativos na manutenção de sua saúde.
A disbiose pode piorar o estado de animais com doenças crônicas de várias maneiras. Primeiramente, quando a microbiota intestinal não está funcionando adequadamente, a absorção de nutrientes essenciais pode ser prejudicada, resultando em perda de peso, fraqueza e uma piora no quadro clínico. Além disso, o sistema imunológico, que já está comprometido em muitos desses animais, pode ser ainda mais enfraquecido pela disbiose, tornando o pet mais suscetível a infecções e inflamações. Problemas gastrointestinais, como diarreia crônica, vômitos e gases, também são sintomas comuns da disbiose e podem se tornar especialmente debilitantes para animais que já estão lidando com condições de saúde graves”, explica Pamela Pioli Meneghesso, médica veterinária gerente de produtos da Avert Saúde Animal,
Outro fator importante é que muitos dos tratamentos utilizados para controlar essas doenças, como antibióticos, anti-inflamatórios e imunossupressores, também podem afetar negativamente a microbiota intestinal, criando um ciclo vicioso que perpetua a disbiose. “Além disso, a presença dessa condição pode dificultar a eficácia dos tratamentos, criando um ciclo no qual o estado de saúde do animal se deteriora cada vez mais”, detalha Pamela.
Além disso, o impacto na saúde mental e no comportamento do animal não deve ser subestimado. Os pets com disbiose e doenças crônicas frequentemente exibem letargia, depressão e alterações no apetite, o que agrava ainda mais o quadro clínico. Esses animais podem se tornar mais sensíveis ao estresse, o que contribui para o ciclo de piora da saúde.
Para ajudar a prevenir e combater a disbiose em animais com doenças crônicas, é fundamental que os tutores estejam atentos a sinais de problemas intestinais, como diarreia, perda de apetite e alterações no comportamento do pet. “A alimentação desempenha um papel central na saúde intestinal, e ajustar a dieta do animal pode ser uma maneira eficaz de manter o equilíbrio da microbiota. Dietas ricas em fibras, probióticos (que promovem o crescimento de bactérias boas) e suplementos específicos podem ajudar a manter o equilíbrio intestinal dos animais”, elucida a profissional
O uso de probióticos pode ajudar a restaurar o equilíbrio intestinal em animais que já apresentam disbiose, mas é importante que esse tipo de tratamento seja realizado sob orientação veterinária, especialmente em pets com doenças crônicas. Além disso, o acompanhamento com consultas regulares é essencial para monitorar a saúde intestinal e ajustar os tratamentos conforme necessário para garantir o melhor cuidado possível ao pet.
A disbiose pode ter um impacto profundo na saúde de animais com doenças crônicas, agravando sintomas e comprometendo a eficácia dos tratamentos. Por isso, é essencial que o tutor esteja atento à saúde intestinal do pet e trabalhe em conjunto com o médico veterinário para prevenir e tratar a disbiose. Com os cuidados adequados, é possível melhorar o bem-estar dos animais e garantir que eles tenham uma vida mais saudável e confortável, mesmo diante de uma doença crônica.
Fonte: Assessoria de Imprensa