Eles não entendem o que está acontecendo, mas sabem que não estão se sentindo bem. Na hora que o cãozinho de estimação da família adoece, sempre dá aquela angústia. Também bate o estresse quando é chegado o momento de dar medicação para seu pet, pois é sabido que o animalzinho vai tentar cuspir, morder e protestar.
Essa dificuldade aflige muitas famílias e, acredite, não há uma raça ou porte que facilite a hora da medicação. Do agitado Pinscher ao tranquilão Mastim, nenhum cão gosta de ingerir algo desconhecido, ainda mais com cheiro e sabor pouco agradáveis.
Comece de pequeno
Os médicos-veterinários contam que é preciso condicionar o cachorro desde filhote a abrir a boca e deixar o tutor inspecioná-la. Assim, quando for preciso dar algum remédio, ele já estará mais acostumado a esse contexto. Esse tipo de costume é válido também para outros momentos críticos com o pet, como limpar os ouvidos, cortar as unhas ou escovar os dentes.
Comprimidos, pílulas e cápsulas
Uma tática muito usada pelos veterinários é pressionar as bochechas, próximo aos dentes caninos, e colocar o comprimido no meio da língua do cão. Em seguida, fecha-se a boca e esfrega-se a garganta ou o focinho para estimular o reflexo de deglutição.
Se o medicamento for colocado muito na ponta da língua, o bicho pode cuspi-lo e, se for muito ao fundo, engasgar. Por isso, é preciso atenção para esse momento.
Quando o animal lambe o focinho é um indicativo de que o comprimido foi para dentro da barriga, e o sucesso é certo!
Para forçá-lo a engolir a pílula que está na boca, também é possível soprar seu focinho ou dar uma seringa cheia de água ou petisco, garantindo que ele realmente engula o que está na boca.
Alguns tutores gostam de disfarçar o medicamento colocando-o dentro de petiscos ou um pedaço de pão. A tática é boa, mas, antes, é preciso conversar com o médico-veterinário para saber se o remédio prescrito pode ser oferecido ao pet dessa forma.
Isso em razão de que alguns produtos não podem ser administrados junto ao alimento. Também é importante que o tutor nunca quebre ou esfarele o comprimido ou pílula: primeiro porque isso pode fazer com que o cheiro e o sabor do medicamento façam o pet repeli-lo; segundo porque há remédios que são liberados lentamente no organismo e isso é feito justamente por uma camada protetora que fica em volta da cápsula medicamentosa.
Para quem não tem o menor jeito para dar remédio para o animal de estimação, ainda é possível encontrar no mercado alguns produtos específicos para esse fim, como quitutes pegajosos e pockets.
Líquidos e xaropes
Parece ser mais fácil dar medicamento líquido ao cão da família, mas acredite: nem sempre é.
Por conta do cheiro e do sabor, muitos animais acabam cuspindo o remédio antes de engoli-lo ou ainda podem vomitá-lo com mais facilidade.
A forma de oferecer o medicamento, no entanto, é mais fácil: os veterinários indicam que o produto seja disposto em uma seringa fina e sem agulha, e que esta seja inserida entre os dentes molares ou diretamente sobre a língua.
A seringa, no entanto, nunca deve ser pressionada com velocidade, para evitar que o animal de estimação engasgue. Também é possível checar com o veterinário a possibilidade de diluir o remédio em um pouco de água para facilitar a administração oral.
Sempre que houver qualquer tipo de dúvida ou dificuldade, o médico-veterinário de confiança da família deve ser consultado.
Fonte: Portal Piauí Hoje