Alimentar pombos pode ser proibido em Curitiba. A medida está prevista em um projeto de lei protocolado na Câmara Municipal pelo vereador Tito Zeglin que se estende à manutenção de abrigos para os animais também “Os pombos domésticos são considerados pragas urbanas, pois podem transmitir doenças ao homem e causar danos materiais a bens públicos ou privados”, justifica.
Zeglin destaca algumas doenças que podem ser transmitidas pelos animais, como psitacose, salmonelose, histoplasmose e criptococose, além de piolhos de pombos, ácaros, percevejos e carrapatos. E ainda argumenta que as fezes dos pombos são extremamente corrosivas, danificam a lataria dos carros e são difíceis de limpar quando caem na calçada além das penas, que entopem bueiros. “O hábito de fornecer alimentos para pombos acarreta o desequilíbrio populacional, com proliferação excessiva dessas aves, gerando riscos à saúde das pessoas e além disso desencadeando problemas para o meio ambiente. Não sendo alimentadas pelo homem, as aves naturalmente procurarão alimentos de sua dieta natural em outros ambientes mais apropriados ao seu desenvolvimento, sem a interferência do homem, afastando-se dos centros urbanos”, considera.
O projeto também prevê que proprietários de imóveis com infestação de pombos deverão providenciar redes e outros obstáculos com o objetivo de dificultar o seu pouso e construção de ninhos. O descumprimento da medida pode gerar advertência e multa de R$ 200, podendo ser dobrada em caso de reincidência.
A proposta está em análise pela Procuradoria Jurídica (Projuris) do Legislativo e depois será encaminhada para as comissões temáticas.