Comunicação animal, é possível?

No mês em que se comemora o Dia Mundial dos Animais e o Dia do Cão, muitas pessoas ainda questionam se há comunicação entre animais da mesma espécie e entre espécies. Segundo o professor do curso de Medicina Veterinária da Anhanguera de Anápolis, Marcus Vinicius Garcia de Oliveira, a comunicação entre os animais ocorre utilizando recursos como feromônio, vocalizações ou linguagem corporal. “Os latidos possuem timbres diferentes. Estas variações estão relacionadas com o tipo de comunicação que o cão quer estabelecer. A comunicação entre os cães e os gatos também ocorre usando os mesmos princípios (linguagem corporal, feromônio ou vocalizações). Nesse caso, deve-se se salientar que a disputa por território é o principal fator”.

A comunicação animal com os humanos também é possível. A coordenadora do curso de Ciências Biológicas da Anhanguera de Brasília, Pistão Sul, Giovanna Caramaschi, explica que de uma maneira geral os padrões de comunicação dos animais são muito semelhantes aos nossos de tal forma que diversas espécies que evoluíram em conjunto com a nossa são capazes de reconhecer expressões faciais e padrões de comunicações verbais. “Diversos casos de meninos-lobo foram estudados e relatados na Índia. Esse fenômeno ocorreu principalmente no caso de crianças que eram abandonadas muito pequenas nas florestas da região e acabavam sendo adotadas por famílias de lobos que criavam os pequenos como integrantes do grupo”.

Contudo, para Marcus Vinicius, responder como os animais pensam é uma tarefa difícil dada a complexidade do desenvolvimento neural entre os animais (evolução) e a diversidade das espécies, bem como seus comportamentos. Já Giovanna complementa que essa comunicação ocorre de diversas formas, como: acústica, química, tátil, entre outras.

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