Doença do carrapato pode matar cães e gatos

Os carrapatos costumam atacar em qualquer época do ano, mas a proliferação desses parasitas aumenta quando os termômetros começam a subir. Para se ter uma ideia, uma fêmea pode depositar de 200 a 300 ovos por dia em épocas de altas temperaturas. Mas, o mais assustador é que um cão ou gato picado por carrapato pode desenvolver doenças capazes de matar.

De acordo com Ricardo Cabral, médico veterinário da Virbac, laboratório dedicado exclusivamente à saúde animal, se o animal for picado por um carrapato infectado, ele pode desenvolver doenças como a babesiose e a erliquiose que provocam uma anemia muito grave. “Essa debilitação pode ter consequências irreversíveis na saúde do pet, podendo levar até ao óbito”, alerta.

O veterinário destaca, ainda, que a doença é silenciosa, e que sintomas como febre alta e manchas pelo corpo só surgem quando está num estágio mais avançado. “Por isso, os tutores devem estar atentos a qualquer sinal de apatia ou perda de apetite e levar seu bichinho de estimação imediatamente para um médico veterinário de confiança. Ele fará uma avaliação e solicitará exames para verificar se há alterações ou não”, orienta.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado tratamento, maiores as chances de cura. O medicamento deve ser prescrito pelo médico veterinário, pois apenas esse profissional tem condições de avaliar qual é o mais indicado para cada caso. “Dependendo do estado do animal, pode ser necessário uma terapia mais intensa, incluindo internação e até mesmo transfusão de sangue”, explica Cabral. “É importante que todas as recomendações sejam seguidas até o fim, pois o tratamento pode durar de semanas a meses”, afirma.

Como prevenir a doença

É importante destacar que o cão infectado pode transmitir a doença para os humanos, por isso, é fundamental saber como prevenir e combatê-los de forma eficaz para garantir a saúde do cão e de toda a família.

A prevenção pode ser feita com a adoção de medidas simples como manter a casa sempre limpa, dar banhos regulares e evitar passeios em locais com grama muito alta. “Quando os carrapatos encontram o cão, sobem rapidamente por sua pelagem, prendendo-se na pele e logo começam a alimentar-se do seu sangue. Por isso, sempre que retornar de um passeio, o tutor deve fazer uma inspeção visual para verificar se o animal pegou algum carrapato”, explica o médico veterinário.

Outra forma de evitar a infestação por carrapatos é a aplicação de parasiticidas na pele do cão como o Effipro e o Defendog Spray, por exemplo. O primeiro mata carrapatos e pulgas por contato, enquanto o segundo contém a permetrina, um dos princípios ativos mais eficazes contra insetos.

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