Rita Lee fala sobre seu amor pelos animais

Para estrear a editoria Entrevista, republicamos o bate-papo que tivemos com a cantora Rita Lee, em agosto de 2007, quando esteve em Curitiba para apresentação do show Pic-Nic, em comemoração aos seus 40 anos de carreira.

Na ocasião, Rita Lee falou sobre o seu amor pelos animais e seu sonho de ser veterinária.

Por Pauline Machado

De Estimação – Como se deu o seu contato com os animais?

Rita Lee – Putz! Imagino que no berçário!

DE – Quantos animais moram com você? Quais são eles?

RL – Estou morando no meio do mato, cercada de verde por todos os lados, portanto se trata de uma creche de bichos que cato na rua ou ganho de amigos, que sabem que viro mãe deles rapidamente! No momento são 7 gatos, 5 cachorros, 5 tartarugas, 3 ratinhos, 30 carpas e assim vai até o final dos tempos…

DE – Como é a sua relação com os seus amigos de pelos? Eles têm acesso a todos os ambientes da casa, sobem no sofá, dormem na cama? Como é o dia-a-dia de vocês?

RL – Quase todos dormem comigo, uns na cama, outros debaixo dela, uns dentro do guarda- roupa, nas casinhas espalhadas pelo quarto, sei lá! Sei que sou mais carente deles do que eles de mim. Na verdade são meus donos e cuidam muito bem de mim!

    

DE – Você mora em apartamento ou casa? Como é a sua relação com os vizinhos, por conta dos animais? Existe algum tipo de reclamação?

RL – No mato não tenho problema algum com vizinhos, mas no apartamento em São Paulo eu vivo brigando com as peruas fúteis que fazem cara feia para meus filhos, quero que elas se f….!!!! Não vou deixar de levar um ou dois bichinhos comigo quando vou para lá!

DE – E a sua família? Como o Roberto e seus filhos e neta lidam com os animais? São como você, também apaixonados por esses seres encantadores?

RL – A família toda é maluca por bichos, preferimos a companhia deles à de humanos.

De – E quando você viaja? Sente saudades dos seus bichinhos? Como eles ficam? Você já os levou para as suas viagens? Como se dá isso tudo?

RL – Na hora de dormir, principalmente, fico me sentindo muito só. Quando algum está doentinho ligo umas trocentas vezes para casa. Já levei uma Yorkie para fora do País, ela era micra e cabia no banco do avião numa boa!

De – Certa vez, assistindo ao programa Madame Lee, transmitido pela GNT, lembro que você falou sobre um dos seus sonhos: ganhar na loteria para poder ajudar os animais carentes. Em sua opinião, o que poderia ser feito para reduzir o número de animais, principalmente cães e gatos, abandonados nas ruas?

RL – Aqui em São Paulo há kombis que fazem castrações grátis em bichinhos de favelas cujos filhotes geralmente são afogados ou mortos de uma maneira cruel. Há também um monte de gente que recolhe bichos de rua e adotam. Acredito que você pode ajudá-los doando vacinas, ração, vermífugos. Geralmente são gente simples que precisam de uma ajuda em espécie e não aceitam dinheiro.

DE – Você já se engajou em alguma causa, em algum projeto em prol do bem-estar dos animais, sobretudo os domésticos? Se sim, como foi? Se não, você pensaria no caso?

RL – Não faço parte de nenhuma sociedade de defesa em particular, contribuo como posso com todas elas.

DE – Qual é a sua opinião sobre os benefícios da convivência com os animais? O que mudou na sua vida depois que começou a conviver com eles?

RL – Sempre convivi com bichos, se existe um paraíso quando morrermos, no meu terá que existir um monte de Arcas de Noé…!!!

DE – Em uma passagem interessante no seu site, você fala sobre o seu contato com os fãs. “… quando saio do palco a farra continua no camarim recebendo os fãs e ouvindo deles que não posso nunca parar de fazer show porque suas vidas virariam um tédio. Mal sabem eles que o tédio é todo meu quando estou longe do palco…”. Você já pensou em parar de cantar e viver somente para a família e para a bicharada?

RL – Desde que comecei na música pensava em parar para começar uma carreira “séria”. A música começou como um hobby e que um belo dia eu estaria estudando veterinária, que era o meu sonho, (pensando bem ainda posso estudar veterinária), mas foi o hobby que virou minha carreira séria.

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*A entrevista foi parte da versão experimental da revista De Estimação, como Trabalho de Conclusão do Curso de graduação em Comunciação Social com habilitação em jornalismo da Universidade Positivo em 2007, da, hoje, jornalista, Pauline Machado.

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