Eles precisam de mais cuidados quando ficam mais velhos

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Assim como todos nós, os animais de estimação também chegam à fase idosa. E é aí que começam a aparecer alguns problemas de saúde que merecem um cuidado especial. Segundo a veterinária Roberta Costa Teixeira, da clínica Espaço Animal, os animais começam a sentir os efeitos da idade entre sete e oito anos, dependendo do porte.

Para prevenir as doenças e os reflexos dessa faixa etária, a especialista sugere um acompanhamento de seis em seis meses para realizar um check up e verificar não apenas alterações cardíacas, mas principalmente as renais.

Além disso, a audição e a visão são os sentidos mais afetados. “Procuramos encaminhar os animais idosos ao oftalmoveterinário para avaliação da vista, para prevenir catarata e fundo de olho, e também realizar um acompanhamento da audição. Muitos donos reclamam que o animal está perdendo a audição e não atende mais aos comandos”, explica.

A médica salienta ainda que a alimentação correta e exercícios físicos de acordo com a disposição do animal são importantes para o bem estar dos bichinhos, assim como a temperatura do ambiente. “Alguns animais chegam no consultório com quadro de hipertermia, que é a alta temperatura no corpo causada pelo excesso de calor”, diz a especialista.

A assistente social, Daniele do Val, responsável por dois cães da raça Husky Siberiano, Liber, de 13 anos e meio,  que pela idade já enfrenta dificuldades ao atingir a terceira idade, e Arion, de 8 anos. “O Liber tem enfrentado algumas limitações por ter artrose, gastrite e a perda parcial da audição também”, revela.Roberta também recomenda atenção a outros cuidados como às patas e à coluna vertebral durante o banho, a prevenção de cáries e tártaro com a escovação correta dos dentes e o diagnóstico precoce da obesidade, que pode ser causada pelo excesso de alimentação, falta de exercício físico ou ainda pelo fator hormonal. “Para esses casos, há no mercado rações light. Também indico fazer breves exercícios dentro de casa, como colocar o recipiente de água distante do recipiente de ração, para que ele possa andar de um pote ao outro”, orienta.

Ela afirma ainda, que o animal apresentou mudança de comportamento após o avanço da idade. “Ao encontrar uma porta entreaberta ele não abre mais com o focinho. Ele fica parado um tempo sem sair do lugar”, comenta. Daniele ressalta que cuida dos cães com os melhores tratamentos para que eles não sofram tanto. “Infelizmente, eles crescem muito rápido e tem um tempo curto de vida”, reconhece.

Leandro Oliveira, de 24 anos, foi responsável pela gata chamada Luma, que também teve sua saúde afetada por ser idosa. “A Luma teve otite, uma doença no ouvido, que acabou se agravando sem que ela resistisse”, relembra.

A veterinária da clínica Espaço Animal acrescenta que a otite é causada pela baixa imunidade que o animal apresenta e que outras doenças também são comuns na fase idosa, como problemas renais e cardíacos, neoplasia e outros tumores, acrescenta.

Reportagem de Rayssa Rocha, jornalista voluntária, colaboradora do Canal de Estimação.

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